quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Pobre e nefasta Alma!

Oh, pobre e nefasta alma,
Que desespera, anseia por
Algo infinitamente belo,
Como são esses teus
Magníficos olhos que parecem um abismo,
No qual eu cairia para toda a eternidade!

Posso ser ingénuo
E não ver a verdade!
Mas não posso deixar de
Demonstrar o meu amor veemente,
Por tal louvável divindade!

Porquê? Infinitas vezes porquê…?
Com a fugacidade da vida me sinto cada vez mais sozinho e perdido?
Olho e não te vejo!
Estendo a mão e não te toco!
Não sei o que fazer!
Para simplesmente olhar!
E ter a possibilidade de te ver!
Ou tocar!
Nessa tua pele branca e suave!
Sou definitivamente uma alma pobre, nefasta e perdida…

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Jardim do éden!

Olhos doces e cor de mel,
Que me iludem,
Nesta noite cheia de fel,
E entro no jardim do éden!

Nesta magnifica ilusão!
Vejo uma linda aguarela,
Que neste mundo cela,
A infinita beleza da indefinição!

Ao longe, sigo as ondas do mar!
Junto a praia, sereias a cantar,
Me chamam, dou por mim numa tentativa de ignorar,
Mas sem o conseguir evitar!

Aproximo-me, tenho a mesma sensação,
Que tiveram Eva e Adão,
Por falta de palavras para a descrição,
O sol penetrou no meu coração!

Sinto-me, perdido,
No meio de sensações esplêndidas,
Comi o fruto proibido,
Vi que carregas as ínfimas maravilhas!

Num ápice pressinto!
Esta tamanha beleza,
No paraíso absoluto,
Agora e sempre de infindável certeza!

Encaro o límpido céu,
Contemplo uma estrela cadente,
Deste glamouroso éden que é só meu,
E de repente!

Abro os olhos, observo a realidade!
Tudo isto é verdade!
Tudo isto é pela tua existência,
Fazes muito mais que o Sol=)

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Folha seca!

Louca e alucinante,
Dor! Que me invade,
A alma sombria e,
Me faz sangrar! Quantidades,
Que toda a humanidade junta,
Alguma vez terá!

Dor, Tortura,
Não sei,
Só sei que quero desnascer!

Sinto-me como uma linda e pequena folha seca,
Numa manha cinzenta de Outono!
Em que pelo nascer,
Do nublado dia,
Decide ser precoce e cair de entre as suas congéneres,
Mas a sua viagem na vertical não acaba,
Não encontra o duro chão!
Para que alguém ao passar, a possa pisar,
Porque ela não é nada,
Tal como eu,
Não sou nada!
Absolutamente nada!
Eu quero desnascer,
Quero ir! Para de onde nunca deveria ter vindo,
Eu só quero desnascer!

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Nesta quente e magnifica:

Nesta quente e magnifica
Noite de verão,
Sinto o pulsar forte deste meu coração!
Como nunca o tinha sentido antes,
Que chego a pensar que se existe melhor sensação
Do que este sentimento que por ti sinto!

Olho o céu e vejo a lua
Mais brilhante que nunca,
Estendo a mão na singela esperança de a apanhar para que pudesse ser tua!
Mas não consigo, pois toda a beleza é inatingível
Como o sentimento que por ti sinto!

Atrás da lua brilhante, inúmeras constelações estelares!
Qual delas a mais bela? Sinceramente, não sei!
Uma desceu à terra transformando-se no ser mais belo,
Que eu alguma vez conheci!

Mesmo não estando a teu lado,
Sinto-te, quando observo a beleza do universo conhecido e desconhecido!
Na matéria negra, o meu patético mundo se representa,
Inúmeras constelações, os teus olhos que me iluminam na profunda escuridão,
A lua a tua pele branca e suave que nem cetim,
Tudo o resto me diz que és absolutamente tudo em mim!
Coração, pequeno que ama infinito=)

Metafísica!

Toda esta metafísica!
Em que mesmo nunca o ter querido,
Me encontrou avassaladoramente
Envolvido!
Como se tratasse de um escravo,
Sem fuga possível para um outro mundo!
Onde não houvesse a pesada,
Memoria do desastroso,
E completamente,
Inútil passado, presente e futuro!

Assim sendo, tenho de me resignar à minha condição de humano!
Que se limita a observar tão bela metafísica!
Percebendo assim que nada sou!
E sabendo que um dia tudo acabara por ter um único e comum fim!
Sem nada poder fazer!
Para alterar tal condição de humano!

Choro por tudo o que observo!
Choro por tudo o que não observo!
Banho-me num infinito mar de lágrimas,
Apenas por um dia ter sabido o significado de viver!

Metafísica!
Como dói observar,
Tamanha beleza sem lhe poder tocar!
Tendo apenas que me limitar,
A contemplar,
Ou cruelmente venerar,
Tamanha beleza!

sábado, 31 de outubro de 2009

Lacrimologia

A lacrimologia é uma pseudociência supostamente criada em 1949 por Ronald Vincent. Entretando, é considerada por muitos, uma invenção da banda estadunidênse Tool. A palavra literalmente expressa a idéia da "ciência do choro", onde é ensinado que apenas pela dor física e mental (e conseqüentemente, o choro) é possível tornar-se um ser mais elevado, sendo usada por algumas novas religiões como ferramenta de conversão.