terça-feira, 19 de maio de 2015

Olhar de viajante

Olhar de viajante
Que me fascina e beija,
Deslumbrando o horizonte
Por quanto o meu ser almeja

Confrontando o tempo que demora
Na ausência do teu abraço,
Sei que passas àquela hora
Num dulcíssimo cansaço,

Abraça-me como o mar abraça o nosso Pais
Espero que me sorris,
O que fica do que passa no leito do Rio Lis,
Sabendo assim a equação da minha Matriz,

O toque da tua mão
Deixa-me pensativo,
Faz bater o meu coração
Num momento sensitivo,

Quero ver-te, ouvir-te,
Olhar-te por simplesmente
Apenas existires,
Quero amar-te,

Nas veredas que me viram nascer
Alegra-me sentir-me bem,
Onde o Tejo vem adormecer
À noite, pedindo aos Poetas que declamem,

Talvez diria se pudesse
Evitar sinónimos confusos,
Se não escrevesse
Estes versos,

Desenhados de memória
Contigo percorro as ruas das cidades,
Se não existisses não poderia
Ter Saudade das Saudades,

E, tocando a tua pele sinto a palavra
Saudade num verso de Neruda,
Eu, feliz seria
Se tu viesses trazer-me o Céu de Lisboa.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Tudo se diz sem nada dizer.

Talvez, sim talvez, tenha nascido para te conhecer num fim de tarde com o sol ao longe quase a desaparecer no horizonte contendo um verso de Pablo Neruda ou uma frase de James Joyce, onde os pássaros cantam sinfonias melodiosas que nos transportam suavemente para uma conversa interminável sem palavras por não sabermos compor como Astor Piazzolla. Conversas essas, coloridas com as mais variadas cores que se possa observar na composição sinfónica que o silêncio das palavras proporciona, liberdade na transformação do natural em vivências desconhecidas na valsa para iluminar o horizonte inalcançável por nós. Sabendo, não ser necessário dizer o quer que seja quando tudo se diz sem nada dizer.