quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Metafísica!

Toda esta metafísica!
Em que mesmo nunca o ter querido,
Me encontrou avassaladoramente
Envolvido!
Como se tratasse de um escravo,
Sem fuga possível para um outro mundo!
Onde não houvesse a pesada,
Memoria do desastroso,
E completamente,
Inútil passado, presente e futuro!

Assim sendo, tenho de me resignar à minha condição de humano!
Que se limita a observar tão bela metafísica!
Percebendo assim que nada sou!
E sabendo que um dia tudo acabara por ter um único e comum fim!
Sem nada poder fazer!
Para alterar tal condição de humano!

Choro por tudo o que observo!
Choro por tudo o que não observo!
Banho-me num infinito mar de lágrimas,
Apenas por um dia ter sabido o significado de viver!

Metafísica!
Como dói observar,
Tamanha beleza sem lhe poder tocar!
Tendo apenas que me limitar,
A contemplar,
Ou cruelmente venerar,
Tamanha beleza!

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