Através da janela do meu quarto, vejo o mundo que não vejo. Ao observar o seu exterior, tenho inúmeras sensações sensitivas, que me levam a questionar a própria imagem captada por estes meus nefastos olhos. Metafísica, que me faz pensar numa lídima visão inexistente, num paradoxo atroz de beleza, concentrada num único e comum ponto, onde o olho humano jamais alcançará em toda esta metafísica. As pessoas passam, pela rua, umas de certo modo apressadas, outras um pouco mais calmas, de vez em quando cumprimentando, dizendo, adeus, Nuno. Cada uma, diferente da outra, todas passam, comigo a observar, cada fala, gesto, vida de seus quotidianos. Pensando que um dia tudo desaparecera, primeiro eu, de seguida as pessoas que outrora observava, depois a janela e a rua onde tudo se passava e por fim toda esta deslumbrante e incompreensível metafísica. Realidades bonitas de se dizerem nestas linhas que escrevo, como se fossem as últimas palavras que escrevo na minha modesta vida.
E enquanto tu não desapareces primeiro que tudo, desejo muito continuar a ler teus depoimentos.
ResponderEliminarFica bem